O ser humano é um ser de desejos e necessidades.
Portanto o ser humano não vive só pela necessidade, também deseja coisas. E
fundamentalmente deseja ser reconhecido pelas outras pessoas. O grande desafio
é tentar entender quais são os mecanismos de reconhecimento na sociedade.
Nas sociedades antigas, por exemplo, ser honrado
era um valor importante para ser reconhecido como uma boa pessoa. Na sociedade
da cultura de consumo de hoje você é reconhecido pelo seu padrão de consumo. Eu
desejo ser reconhecido, então para isso eu preciso comprar as coisas que não
são necessárias para a sobrevivência imediata, mas são necessárias para ser
reconhecido. Então aí aparecem tênis caros, celulares e carros sofisticados que
as pessoas passam a desejar. Com isso, o que o capitalismo faz é fomentar esse
desejo de consumo, reforçando a ideia de classificação de pessoas por padrão de
consumo. Então os pobres, além de não terem acesso a uma vida boa, eles também
têm outro problema: são frustrados no desejo de reconhecimento.
Novos caminhos
O primeiro desafio dos cidadãos é possibilitar espaços de relacionamento, nos quais o consumo não seja critério de reconhecimento. Uma das grandes contribuições que as comunidades cristãs fazem no mundo de hoje é permitir que pessoas simples, sem grande acesso ao consumo, possam ser reconhecidas como pessoas, porque são reconhecidas como seres humanos. E mesmo as pessoas que têm acesso ao consumo têm a experiência de um reconhecimento humano verdadeiro, não através do padrão de consumo.
O segundo aspecto é lutar para criar espaços de sobrevivência econômica melhor para pessoas excluídas. Criar possibilidades como a economia popular e solidária, práticas de educação profissionalizante, seja em formas tradicionais, seja em formas alternativas das práticas comunitárias.
O terceiro aspecto é fazer uma crítica na sociedade a esse caráter perverso de uma economia baseada somente na acumulação do capital, que, além de excluir as pessoas da condição de uma vida digna, também gera uma antropologia equivocada de achar que o ser humano é aquilo que consome.
Novos caminhos
O primeiro desafio dos cidadãos é possibilitar espaços de relacionamento, nos quais o consumo não seja critério de reconhecimento. Uma das grandes contribuições que as comunidades cristãs fazem no mundo de hoje é permitir que pessoas simples, sem grande acesso ao consumo, possam ser reconhecidas como pessoas, porque são reconhecidas como seres humanos. E mesmo as pessoas que têm acesso ao consumo têm a experiência de um reconhecimento humano verdadeiro, não através do padrão de consumo.
O segundo aspecto é lutar para criar espaços de sobrevivência econômica melhor para pessoas excluídas. Criar possibilidades como a economia popular e solidária, práticas de educação profissionalizante, seja em formas tradicionais, seja em formas alternativas das práticas comunitárias.
O terceiro aspecto é fazer uma crítica na sociedade a esse caráter perverso de uma economia baseada somente na acumulação do capital, que, além de excluir as pessoas da condição de uma vida digna, também gera uma antropologia equivocada de achar que o ser humano é aquilo que consome.
Jung Mo Sung,
professor de Pós-Graduação das Ciências da Religião na
Universidade Metodista de São Paulo.
Endereço eletrônico: jung_sung@metodista.br
Artigo publicado na edição nº 404, jornal Mundo Jovem, março de 2010, página 15.
professor de Pós-Graduação das Ciências da Religião na
Universidade Metodista de São Paulo.
Endereço eletrônico: jung_sung@metodista.br
Artigo publicado na edição nº 404, jornal Mundo Jovem, março de 2010, página 15.
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